Tempo fechado complica a decolagem das aéreas

Brasil Econômico – 19/06/12

Mercado brasileiro de aviação reclama da falta de incentivos do governo para aliviar prejuízos
Michcle Loureiro
mloureiro@brasileconomico.com.br
Se os negócios por terra vão bem, os números aéreos enfrentam uma neblina pesada. Enquanto a indústria automotiva respira
mais aliviada depois das recentes medidas de incentivo do governo federal, que reduziu o Imposto sobre Produtos
Inustrializados (IPI), o mercado de aviação vive momento de sobressalto e reclama da falta de 'carinho' do governo, que não
colabora com a redução de taxas aeroportuárias e abusa dos impostos entre Estados.
A previsão de alta e venda de 3,5 milhões de veículos em 2012 se contrapõe à realidade do setor aéreo, que deve encerrar o
ano com queda no faturamento. O aumento do poder renda da população e a facilidade para obtenção de crédito não foram
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suficientes para proporcionar um crescimento sustentável para a aviação e a maioria das empresas brasileiras do setor passa
por dificuldades.
Além da Gol, a concorrência também sente o efeito do aumento do custo do combustível, da cotação do dólar, das taxas
aeroportuárias e até mesmo do planejamento equivocado.
A Tam, líder do mercado nacional, acumula perdas consecutivas e também lança mão de recursos, como demissões, para
tentar se desvincular da crise que se instaurou no mercado aéreo brasileiro.
Apesar de as perspectivas e de analistas apontarem para uma breve recuperação, as empresas brasileiras tem se aliado para
tentar combater prejuízos. Caso da Azul, que recentemente anunciou sua união com a Trip. A companhia caçula do mercado
aéreo já nasce baseada em aquisições na tentativa de se consolidar.
A Avianca, por sua vez, vive com os recursos de fora do Brasil para sustentar suas opeações. Nunca viu sua última linha do
balanço com números positivos. Apesar de prometer um resultado melhor neste ano, a companhia ainda se esforça para cair
no gosto dos brasileiros.
Mesmo com as incertezas do mercado, as menores prometem fazer barulho. A Passa-redo Linhas Aéreas afirmou que vai
brigar por espaço nos próximos anos com um investimento de US$ 450'milhões para frota duas vezes maior que a atual até
2015. •
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