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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

✈️ Violência contra profissionais da aviação: respeito é o mínimo




 No último domingo (28/07), mais um episódio lamentável expôs uma ferida aberta nos bastidores da aviação brasileira: a violência contra profissionais que estão apenas cumprindo seu trabalho.

A vítima da vez foi Camila G., atendente da LATAM no Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU), agredida fisicamente por um passageiro revoltado com a perda de conexão causada por condições meteorológicas adversas. Mesmo tentando ajudá-lo — inclusive traduzindo as informações no celular — Camila teve três dedos da mão deslocados. A cena foi chocante, mas infelizmente não foi um caso isolado.

Segundo a própria companhia aérea, apenas em julho foram registrados mais de 10 episódios de agressão física contra funcionários no mesmo aeroporto. E este é apenas um recorte.

Trata-se de um padrão recorrente, que se repete em saguões, filas de check-in, portões de embarque e até a bordo das aeronaves. Profissionais da linha de frente — agentes de aeroporto, comissários, tripulantes e técnicos — são alvo de ofensas, ameaças e agressões, muitas vezes sem qualquer consequência legal ou administrativa para os agressores.

A banalização da violência.

A aviação é um setor altamente regulado, onde atrasos e cancelamentos não são escolhas comerciais, mas imposições operacionais e meteorológicas. Quando um voo atrasa por baixa visibilidade, tempestade ou vento de cauda, a prioridade é preservar vidas.

Por trás de cada decisão técnica está o trabalho de profissionais treinados, comprometidos com a segurança. E ainda assim, são esses mesmos profissionais que acabam expostos ao descontrole emocional, à intolerância e à impunidade.

É urgente uma resposta institucional.

É inaceitável que aeroportos — ambientes sob jurisdição federal — se tornem zonas de risco para quem trabalha. É hora de ações concretas por parte das autoridades aeronáuticas, companhias aéreas e poder público.

Propomos:

✅ A criação de uma lista nacional de passageiros com histórico de conduta violenta, impedidos de embarcar temporária ou definitivamente;

✅ Aplicação de multas administrativas, cancelamento de passagens e responsabilização civil e penal dos agressores;

✅ Protocolos padronizados de proteção e suporte psicológico às vítimas, incluindo afastamento remunerado quando necessário;

✅ Instalação de câmeras, sinalização clara e presença ostensiva de agentes federais em áreas sensíveis;

✅ Inclusão do tema na formação de novos profissionais e em campanhas de conscientização voltadas ao público.

Profissionais da aviação merecem respeito.

A aviação exige excelência técnica, responsabilidade e resiliência. Mas nenhum trabalhador deveria ser submetido à violência por cumprir sua função — muito menos em um setor que opera sob pressão constante, com foco em segurança e precisão.

Chegou o momento de dizer basta. Não podemos mais naturalizar o absurdo.

Respeito é o mínimo.


📌 Fonte de consulta: @modoaviaocomissarios


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Marcuss Silva Reis