A saúde dos tripulantes de avião é um tema que precisa de atenção constante. Além do desgaste físico e psicológico da rotina de voos, existe um fator muitas vezes negligenciado: a exposição prolongada à radiação UVA e UVB durante as operações em grandes altitudes.
A 30.000 a 40.000 pés (9.000 a 12.000 metros), a atmosfera oferece menor barreira de proteção contra os raios ultravioleta, tornando pilotos e comissários de bordo mais vulneráveis aos efeitos nocivos do sol. Essa realidade aumenta os riscos de doenças de pele e problemas oculares, exigindo medidas de prevenção específicas para profissionais da aviação.
O que são os raios UVA e UVB?
Os raios ultravioleta (UV) são divididos em duas categorias principais:
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Raios UVA: penetram profundamente na pele, acelerando o envelhecimento precoce e aumentando o risco de câncer de pele.
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Raios UVB: afetam mais a camada superficial da pele, sendo responsáveis pelas queimaduras solares.
Em grandes altitudes, a intensidade dessa radiação é muito superior à registrada ao nível do mar, o que torna os tripulantes de aeronaves comerciais um grupo de risco constante.
Principais riscos à saúde dos tripulantes de avião
A exposição frequente à radiação UV pode provocar sérias consequências a longo prazo, incluindo:
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Envelhecimento precoce da pele: rugas, manchas e perda de elasticidade.
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Câncer de pele: risco elevado devido à exposição cumulativa aos raios UVA e UVB.
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Problemas oculares: como catarata e degeneração macular, que afetam diretamente a visão.
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Imunossupressão: enfraquecimento do sistema imunológico, deixando o organismo mais vulnerável a doenças.
Medidas de proteção contra a radiação UV em voos
Embora os aviões modernos utilizem janelas com barreiras parciais contra radiação, elas não são totalmente eficazes. Por isso, tripulantes de voo devem adotar cuidados extras:
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Protetor solar de amplo espectro (FPS 30 ou mais), reaplicado regularmente.
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Óculos de sol com proteção UV, indispensáveis na cabine de comando.
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Redução da exposição direta à luz solar sempre que possível.
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Consultas dermatológicas e oftalmológicas regulares, para monitoramento preventivo.
Conclusão
A radiação UVA e UVB em grandes altitudes representa um risco real e contínuo para a saúde dos tripulantes de avião. Conscientizar pilotos e comissários sobre esse tema é essencial para preservar a saúde, a qualidade de vida e a segurança das operações aéreas.
Adotar medidas simples de proteção pode significar não apenas longevidade na carreira aeronáutica, mas também bem-estar e prevenção de doenças graves no futuro.

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Marcuss Silva Reis