Brasil Econômico – 19/06/12
Fabricante de aviões aposta no mercado latino-americano para ampliar vendas do modelo 737
Michele Loureiro
mloureiro@brasileconomico.com.br
Nem mesmo a derrapada das principais companhias de aviação brasileira ofusca os planos da Boeing para a América Latina. O
mau desempenho financeiro de Tam e Gol é visto como uma "crise passageira" pela produtora de aviões americana e a
previsão é que nos próximos 20 anos a região demande 2.570 aeronaves, puxada pelo crescimento do Brasil. Para dar conta
do recado, a Boeing vai aumentar a capacidade de produção em 30% até 2014.
A empresa possui duas fábricas nos Estados Unidos, em Seattle e Washington. "Vamos ampliar a produção em 30% até 2014,
passando das atuais 35 unidades do modelo 737 neste ano, para 38 em 2013 e 42 em 2014", afirmou o více-presi-dente de
marketing da Boeing, Randy Tinseth, sem revelar o montante de investimento.
Toda a aposta da Boeing no modelo 737, com capacidade para 1,25 a 200 passageiros, tem explicação. Desde sua origem, na
década de 1960, cerca de 10 mu unidades do modelo já foram comercializadas, respondendo pela maior parte das vendas da
companhia.
Os aviões de menor porte, nomeados de corredor único e destinados para distâncias menores, são tendência na América
Latina. Isso porque a chamada aviação regional é a diretriz principal de várias empresas na região, como as brasileiras Azul e
Avianca. "Cerca de 86% das próximas vendas de aviões na região será de corredor único, enquanto este percentual é de 70%
no restante do mundo", contabiliza Tinseth.
O modelo 737 já foi cotado para deixar o portfólio da empresa diversas vezes para dar lugar a outros formatos, mas segundo o
executivo sempre comprovou sua relevância. Desta vez, a conversa é outra e a empresa está voltando toda sua atenção para
aprimorar a criação. O 737 Max, que voa a partir de 2017, é a nova menina dos olhos e vai substituir o 737 gradativamente.
A aeronave é cerca de 13% mais económica, emite 50% a menos de gás carbónico na atmosfera e produz 40% menos ruídos
que o modelo atual. Todavia, os preços acompanham a série de benfeitorias e variam de US$ 77,7 milhões a US$ 101,7
milhões, enquanto o modelo atual custa entre US$ 59,4 milhões e US$ 89,6 milhões. Mesmo a cinco anos da primeira entrega,
a Boeing já tem mil encomendas do modelo, feitas por 16 clientes. "Não podemos dizer se há brasileiros na lista por uma
estratégia de negócio das companhias locais", despista Tinseth. O modelo 737 concorre dire-tamente com o Airbus A320.
"Atualmente dividimos o mercado com a Airbus, cada uma tem cerca de 50%. Mas neste ano a Boeing vai encerrar na frente
porque o novo modelo tem atraído muito interesse", prevê o executivo, que também têm concorrentes de peso Em-braer, ATR
e Bombardier.
Trem de pouso
O Brasil é o trem de pouso da Boeing na América Latina, seguido por México e Chile. Tamanha é a expectativa do mundo da
aviação na região, que a previsão de faturamento das empresas aéreas locais foi reajustada de US$ 100 milhões para US$ 400
milhões neste ano pela lata, entidade que congrega 230 empresas aéreas no mundo.Enquanto isso, as empresas europeias devem encerrar 2012 com um prejuízo de US$ 1,1 bilhão e a previsão global é que o
mercado de aviação fature US$ 3 bilhões neste ano.
No ano passado a receita da Boeing somou US$ 68,7 bilhões e a previsão é de crescimento de até 16,4% para este ano,
ficando entre US$ 78 milhões e US$ 80 milhões. •
Esse espaço é para compartilhar notícias, idéias e manifestações sobre o segmento de aviação. As fontes são diversas- sites, revistas, jornais, clipping e banco de dados, além claro dos meus comentários e dos colegas. Sou Piloto Comercial de Acfts de asas fixas,perito em aviação,pós Graduado em Ciências Aeronáuticas,proteção da aviação civil(Safety,security) e docencia do Ensino superior.Membro fundador,Coordenador e professor do Instituto do Ar, onde permaneci por 19 anos. MARCUS SILVA REIS
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Marcuss Silva Reis