Folha de S. Paulo - 17/10/2012 - 11h35
Carregador de malas de NY é condenado a prisão perpétua por tráfico
MOSI SECRET
DO "NEW YORK TIMES", EM NOVA YORK
Um carregador de bagagens de companhia aérea que foi condenado por traficar drogas no valor de milhões de dólares nos compartimentos de carga de jatos comerciais foi sentenciado na terça-feira à prisão perpétua --uma decisão enfática sobre um caso que trouxe à tona roubos e corrupção deslavados por parte de alguns funcionários de companhias aéreas.
O carregador Victor Bourne, que passou muitos anos trabalhando para a American Airlines no aeroporto internacional Kennedy, comandava uma quadrilha de funcionários de companhias aéreas, em Barbados e Nova York, que usavam seu conhecimento especializado de aviões para esconder cocaína atrás de painéis, onde não eram detectados pelos agentes de alfândega. Em alguns casos, preencheram espaços de maneiras que poderiam ter colocado a vida dos passageiros em risco.
No julgamento realizado no ano passado, funcionários que confessaram sua culpa e cooperaram com o governo descreveram um submundo nos aeroportos, algo que deixaria qualquer passageiro chocado.
Nos depoimentos, falaram como sobre eles e seus colegas na American Airlines abriam as malas dos passageiros para roubar laptops, bebida e perfumes, ao mesmo tempo em que transportavam volumes enormes de drogas. O governo apelidou a conspiração de "Organização Bourne". Dezenove funcionários de aeroporto confessaram sua culpa ou foram condenados.
Diferentemente de seus antigos colegas de trabalho, Bourne se declarou inocente. Ele depôs em sua própria defesa, dizendo que todas as testemunhas que depuseram contra ele tinham mentido. Quando anunciou sua sentença, na terça-feira, na Corte Distrital dos EUA no Brooklyn, o juiz Nicholas G. Garaufis concluiu enfaticamente que tinha sido Bourne quem tinha mentido.
O juiz mencionou o que descreveu como falso testemunho quando anunciou a sentença de prisão vitalícia, um castigo incomumente duro para um traficante de drogas condenado. "O senhor exacerbou pessoalmente um dos maiores flagelos deste país", disse Garaufis.
DEPOIMENTOS
O juiz, que no passado foi advogado chefe da Administração Federal da Aviação, disse que ficou mais preocupado com os depoimentos segundo os quais os carregadores corruptos tinham desmontado a asa de um avião para remover drogas escondidas, fazendo modificações que poderiam ter provocado a queda da aeronave durante um vôo. Disse que queria dissuadir outros de cometer atos semelhantes.
Bourne se manifestou brevemente, dizendo que o governo baseou seus argumentos sobre "provas falsas". Depois ficou sentado em silêncio, ocasionalmente olhando para vários familiares seus que se esforçavam para não chorar.
Durante a leitura da sentença, sua mãe, Maria Alleyne, que foi inocentada da acusação de lavagem de dinheiro em conexão com o esquema de tráfico de drogas e que, segundo promotores, teria jogado uma praga de vodu sobre eles durante o julgamento, aguardou do lado de fora do tribunal.
De acordo com os depoimentos de vários funcionários da American Airlines, Bourne, 37 anos e natural de Barbados, comprava cocaína ao atacado e organizava para que carregadores de bagagens em Barbados e outros países caribenhos a escondessem em aviões a caminho de Nova York. Para facilitar a passagem da droga, ele subornava supervisores.
Os lugares em que as drogas eram escondidas dependiam dos aviões. Em aviões Boeing 757, os carregadores barbadianos escondiam tijolos de cocaína entre malas avulsas. Em jatos 767, maiores, eles colocavam a droga nos contêineres gigantes que são carregados com malas no terminal e depois carregados nos aviões.
Em aparelhos Airbus A300, encontravam espaços atrás dos painéis laterais e superiores do compartimento de carga. Os promotores estimaram que a organização importou 136 quilos de cocaína, que era vendida por cerca de US$18 mil por quilo. O governo também quer declarar a perda do direito de Bourne sobre US$5,1 milhões. (Tradução de CLARA ALLAIN)
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Marcuss Silva Reis