Entenda os tipos de fogo mais comuns em aeronaves, os equipamentos de combate e os procedimentos de emergência adotados pelas tripulações
Entre todas as emergências que podem ocorrer em voo, um incêndio a bordo é uma das mais críticas e temidas. As consequências podem ser fatais se o fogo não for detectado e combatido em seus primeiros segundos.
Por isso, a aviação civil investe fortemente em prevenção, equipamentos e treinamentos de combate a incêndio, tanto em solo quanto durante o voo. Neste artigo, vamos explicar os tipos de fogo mais comuns em aeronaves, os equipamentos de extinção e alarme, e os procedimentos adotados pelas tripulações em caso de emergência.
🔥 Quais são os tipos de incêndio mais comuns em aeronaves?
O fogo a bordo pode ter várias origens, mas os mais comuns são classificados da seguinte forma:
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Classe A – Materiais sólidos como papel, tecido ou plástico
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Classe B – Líquidos inflamáveis, como combustível ou lubrificantes
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Classe C – Equipamentos elétricos energizados
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Classe D – Metais combustíveis (mais comuns em ambientes industriais, mas podem aparecer em aeronaves militares ou motores específicos)
Na aviação comercial, os incêndios mais comuns envolvem sistemas elétricos, compartimentos de carga e banheiros, geralmente causados por curto-circuito, superaquecimento de equipamentos ou objetos proibidos.
🧯 Quais são os equipamentos de combate a incêndio a bordo?
As aeronaves modernas são equipadas com um conjunto robusto de sistemas de detecção e combate a incêndio, incluindo:
🔎 Detectores de fumaça
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Instalados nos banheiros, porões de carga, cozinhas (galleys) e algumas áreas técnicas.
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Atuam em segundos ao identificar partículas de fumaça, acionando alarmes visuais e sonoros para a tripulação.
🧯 Extintores portáteis
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Extintores de halon, CO₂ ou espuma são distribuídos estrategicamente na cabine e no cockpit.
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A tripulação é treinada para usá-los conforme o tipo de incêndio identificado.
🧨 Sistemas automáticos
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Compartimentos de carga contam com sistemas automáticos de supressão.
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Alguns motores e APU (unidade auxiliar de potência) possuem sensores de temperatura e extintores automáticos.
🧑✈️ Como a tripulação reage em caso de incêndio a bordo?
A resposta rápida é fundamental. Estatísticas mostram que, em média, um incêndio não controlado pode comprometer a estrutura da aeronave em apenas 15 a 20 minutos. Por isso, a aviação civil segue protocolos rigorosos:
Procedimentos padrão:
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Identificação imediata do foco
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Isolamento da área (fechar compartimentos, desligar circuitos)
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Combate com extintores adequados
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Comunicação entre cabine e cockpit
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Preparação para pouso de emergência, se necessário
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Evacuação completa da aeronave, em solo, em menos de 90 segundos🎓 Treinamentos obrigatórios para tripulações
Tanto pilotos quanto comissários passam por treinamentos obrigatórios de combate a incêndio, que incluem:
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Simulações práticas com fogo real
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Uso correto de extintores e máscaras de fumaça
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Procedimentos de evacuação rápida
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Avaliação do comportamento sob estresse
Esse treinamento é renovado periodicamente, sendo uma exigência da ANAC, EASA e FAA.
🛑 Incêndio em solo: riscos também no pátio
Não apenas no voo, mas também em solo, as aeronaves estão sujeitas a incêndios provocados por:
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Vazamento de combustível durante abastecimento
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Manutenção incorreta de sistemas elétricos
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Curto-circuitos em unidades de solo (GPU, ar-condicionado, etc.)
Por isso, os aeroportos contam com equipes de combate a incêndio (SESCINC) e protocolos de emergência em todas as áreas de operação.
✅ Conclusão: Prevenção é a chave para manter o fogo longe dos céus
Incêndio a bordo é uma emergência crítica, mas raríssima, graças à rígida regulamentação e ao treinamento da tripulação. Ainda assim, a preparação contínua e o uso correto de equipamentos fazem toda a diferença em situações reais.
Conhecer os tipos de fogo, os equipamentos de combate e os procedimentos corretos é essencial para manter a aviação uma das formas mais seguras de transporte do mundo.
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Marcuss Silva Reis