Quem sou eu

Minha foto
Joanópolis, SP, Brazil
Bem-vindo ao Instituto do Ar, um blog dedicado ao fascinante mundo da aviação. Nossa missão é fornecer conteúdo de alta qualidade, rigorosamente pesquisado, sobre diversos aspectos da aviação, desde a teoria e prática do voo até as políticas e tecnologias que moldam a indústria.Utilizo IA na confeção dos textos porém os temas são elencados por mim juntamente com os ajustes e correções!Desejo uma ótima leitura a todos!

sábado, 12 de julho de 2025

✈️ Acidente com Boeing 787 da Air India: Relatório preliminar aponta corte inesperado de combustível nos dois motores

 



🧭 Introdução

O recente acidente com o Boeing 787-8 da Air India, ocorrido em 12 de junho de 2025, em Ahmedabad (Índia), levantou dúvidas no mundo da aviação sobre possíveis falhas operacionais ou mecânicas envolvendo sistemas críticos da aeronave. O relatório preliminar divulgado pela AAIB (Aircraft Accident Investigation Bureau) do governo indiano lança luz sobre os acontecimentos dramáticos que levaram à perda de potência em ambos os motores segundos após a decolagem.

📅 Contexto do voo e do acidente

  • Voo AI171 da Air India

  • Origem: Aeroporto de Ahmedabad

  • Destino: Londres

  • Data: 12 de junho de 2025

  • Aeronave: Boeing 787-8 Dreamliner (matrícula VT-ANV)

  • Fabricante dos motores: General Electric (modelo GEnx-1B)

A aeronave decolou normalmente às 04h14 da manhã, com condições climáticas favoráveis. No entanto, 16 segundos após a decolagem, ambos os motores perderam potência de forma simultânea — um evento extremamente raro em operações comerciais.

🧾 O que diz o relatório preliminar da AAIB

O documento técnico de 15 páginas divulgado em 12 de julho de 2025 aponta um fator central:

“Ambos os interruptores de combustível (Fuel Control Switches) foram manual ou mecanicamente comutados da posição RUN para CUTOFF segundos após a decolagem, levando à perda total de potência dos motores.”

⚠️ Sem alerta prévio

De acordo com os registros da caixa-preta (FDR), nenhum alarme ou falha no sistema de propulsão foi detectado antes da queda de potência. Os dados também mostram que, em seguida, os pilotos tentaram religar os motores. Um deles chegou a reiniciar parcialmente, mas não houve tempo hábil para recuperar altitude.

🎧 Gravações do cockpit: diálogo de surpresa e incerteza

O gravador de voz da cabine (CVR) revelou um momento tenso:

O comandante pergunta ao copiloto:
“Por que os motores foram cortados?”
E o copiloto responde:
“Eu não toquei neles.”

Esse trecho, destacado no relatório, sugere que os pilotos não estavam conscientes da ação que levou ao desligamento dos motores — o que levanta hipóteses de erro não-intencional, interferência mecânica, ou até falha de interface.

🔧 Considerações técnicas preliminares

Segundo a AAIB:

  • O sistema de corte de combustível do Boeing 787 não tem lógica automatizada para desligar os motores em voo.

  • A operação dos switches depende de ação manual direta ou movimento físico externo/indevido.

  • Não há, até o momento, evidências de falha de software ou pane sistêmica.

A investigação continuará com apoio da Boeing e da GE Aviation, e o relatório final poderá trazer recomendações operacionais ou de projeto.

🧠 Reflexão: o que aprendemos até aqui?

Este evento reforça a importância de:

  • Familiaridade profunda da tripulação com os sistemas de controle crítico

  • Ergonomia dos painéis e disposição dos switches, para evitar toques involuntários

  • Documentação precisa do pós-voo e preservação dos dados de voo e áudio

  • Cultura justa de investigação: o objetivo é entender, não culpar

📌 Conclusão

O relatório preliminar sobre o acidente do voo AI171 da Air India revela um cenário raro e crítico: o desligamento simultâneo dos dois motores por corte de combustível durante a decolagem. A origem da ação ainda é incerta — podendo envolver erro humano acidental ou falha física. O relatório final trará mais detalhes, mas o caso já serve como alerta global para fabricantes, tripulações e órgãos reguladores.

📚 Fontes de consulta:

Um comentário:

  1. Este acidente precisa e deve ser investigado com bastante rigor e propriedade. A posição dos switches de corte no pedestal das manteres não é de fácil acesso e não poderia ser alvo de uma manipulação efetiva direta de ambos sem que o outro tripulante percebesse o movimento. O diálogo questionando o evento demonstra a estranheza das circunstâncias que via de regra, não são de simples ocorrência. O “detalhe” mais importante: Nas aeronaves atuais, não há mais ligações físicas entre os switches e os pontos do sistema onde atuam. Podem ser by wire ou cabos elétricos diretos. Isto posto, não seria impossível admitir que um sinal estranho, um comando pré-programado ou mesmo um acionamento eletrônico externo possa ocorrer em sistemas desta natureza. Não devemos esquecer que o acidente não ocorreu na Suécia, mas sim, em uma zona constantemente conflagrada e de disputas políticas e religiosas de grupos distintos. Estranho ninguém ter reivindicado….

    ResponderExcluir

Obrigado pelo seu comentário!!!!
Marcuss Silva Reis