A Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, teve seu Certificado de Operador Aéreo (COA) cassado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), encerrando definitivamente suas operações no Brasil. A decisão ocorreu após uma sequência de falhas graves relacionadas à segurança de voo e manutenção de aeronaves.
O acidente que acendeu o alerta
O ponto crítico começou em 9 de agosto de 2024, quando um ATR-72 da Voepass caiu em Vinhedo (SP), provocando a morte de 62 pessoas entre passageiros e tripulantes. O acidente gerou intensa investigação e levou a ANAC a reforçar a fiscalização sobre a companhia.
Irregularidades na manutenção
As auditorias revelaram que a Voepass operou cerca de 2.600 voos sem realizar manutenções obrigatórias, violando procedimentos de segurança essenciais. Além disso, foram encontradas:
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Trincas e deformações na fuselagem;
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Danos estruturais não reparados;
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Problemas em carenagens e sistemas críticos.
Essas irregularidades indicaram falhas sistêmicas na gestão da manutenção e descumprimento de protocolos básicos de segurança.
Suspensão e cassação do COA
Em março de 2025, a ANAC suspendeu cautelarmente todos os voos da Voepass, impondo medidas corretivas. No entanto, a empresa não apresentou soluções adequadas dentro dos prazos estabelecidos.
Em 24 de junho de 2025, diante da reincidência das falhas e do risco à segurança dos passageiros, a ANAC decidiu revogar definitivamente o certificado de operação da Voepass, impedindo-a de realizar voos comerciais.
O fim de uma história de mais de 25 anos
Fundada em 1995 como Passaredo Linhas Aéreas, a empresa foi importante no transporte aéreo regional brasileiro, conectando cidades menores a grandes centros. Entretanto, a combinação de pressão operacional, falta de manutenção adequada e incapacidade de corrigir não-conformidades levou ao fim de sua trajetória.

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Marcuss Silva Reis