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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

🛫 O Acidente de Tenerife: O Maior Desastre Aéreo da História e o Marco da Segurança de Voo

 


O que foi o acidente de Tenerife?

Em 27 de março de 1977, dois aviões Boeing 747 — um da KLM e outro da Pan Am — colidiram na pista do aeroporto de Los Rodeos (Tenerife Norte), nas Ilhas Canárias. O choque matou 583 pessoas, tornando-se o maior acidente da história da aviação comercial.

Naquele dia, uma ameaça de bomba no aeroporto de Las Palmas forçou o desvio de diversos voos para Tenerife, que possuía uma infraestrutura limitada e não contava com radar de solo. O congestionamento no pequeno aeroporto, somado ao nevoeiro denso, criou o cenário para a tragédia.

O comandante da KLM iniciou a decolagem sem a autorização final da torre, enquanto o 747 da Pan Am ainda taxiava pela pista. A colisão foi inevitável.

Principais causas do acidente

O relatório final apontou uma cadeia de erros, entre eles:

  • Comunicação ambígua: a frase “We are now at takeoff” gerou confusão entre torre e tripulação.

  • Pressão operacional: o comandante da KLM estava ansioso para decolar devido ao tempo de descanso limitado.

  • Falta de radar de solo: dificultou a consciência situacional dos controladores.

  • Cultura hierárquica na cabine: copilotos hesitaram em corrigir o comandante, mesmo percebendo o risco.

O nascimento do CRM na aviação

O desastre de Tenerife foi o ponto de partida para o CRM (Crew Resource Management), um novo conceito de treinamento que:

  • Incentiva a comunicação clara e padronizada;

  • Reduz a barreira hierárquica dentro da cabine;

  • Valoriza a cooperação e a assertividade;

  • Busca minimizar o erro humano em situações críticas.

Hoje, o CRM é obrigatório em companhias aéreas do mundo todo e considerado um dos maiores avanços em segurança de voo.

Impactos e legado para a aviação mundial

Depois do acidente de Tenerife, mudanças importantes foram implementadas:

  • A OACI (ICAO) reforçou a padronização da fraseologia aérea, eliminando termos ambíguos.

  • Infraestruturas aeroportuárias foram aprimoradas, com maior uso de radares de solo e luzes de pista em locais críticos.

  • Procedimentos de comunicação entre pilotos e controladores foram reformulados.

  • A cultura de segurança na aviação passou a ser vista como responsabilidade compartilhada entre todos os envolvidos.

Conclusão

O acidente de Tenerife (1977) não foi apenas a maior tragédia da aviação civil — ele se transformou em um símbolo de mudança. A partir dele, a aviação passou a adotar práticas que hoje salvam milhares de vidas, mostrando que cada erro deve ser estudado para que nunca mais se repita.

A história de Tenerife reforça um princípio essencial: na aviação, a segurança deve sempre estar acima de qualquer pressão operacional. Essa é a verdadeira herança que nos mantém voando com mais confiança e responsabilidade.

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Marcuss Silva Reis