Em um mundo cada vez mais conectado, onde as aeronaves se comunicam com torres de controle por rádios digitais, datalinks e sistemas automatizados, é fácil esquecer que a aviação moderna ainda mantém recursos de segurança que independem totalmente da tecnologia.
Um desses recursos é o sinal luminoso da torre de controle, previsto na ICA 100-12 – Regras do Ar, e fundamental quando há falha de comunicação por rádio entre piloto e controlador.
Mesmo em tempos de aviônicos avançados, glass cockpit e navegação por satélite, uma pane elétrica ou interferência pode isolar completamente uma aeronave. Nesses momentos, o piloto precisa voltar ao básico — e os sinais de luz emitidos pela torre se tornam a ponte entre o solo e o céu.
Esses feixes coloridos (verdes, vermelhos e brancos) transmitem instruções vitais, indicando autorização para pousar, decolar, taxiar ou manter posição, garantindo a segurança de voo mesmo sem um único bit de comunicação eletrônica.
Mais do que uma curiosidade histórica, os sinais luminosos continuam sendo parte obrigatória do treinamento de pilotos e estão listados oficialmente na legislação aeronáutica brasileira. São uma lembrança de que, apesar de toda a automação, a segurança aérea depende também da simplicidade e da preparação para o improvável.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário!!!!
Marcuss Silva Reis