Pilotos frequentemente tomam a decisão errada após encontrarem condições de formação de gelo
Na semana passada, um Piper PA-23-250 Aztec, com um piloto certificado, sua filha (instrutora de voo – CFI) e outra filha não-piloto a bordo, estava em cruzeiro a 13.500 pés próximo ao aeroporto de Polson, Montana. A temperatura externa (OAT) era de aproximadamente -8°C, quando a aeronave entrou em uma área de precipitação leve, conforme dados do ADS-B e retornos de radar.
Essa condição deveria ter alertado imediatamente ambos os pilotos de que havia risco de formação de gelo estrutural e de indução no motor, caso continuassem naquela rota.
O piloto, no entanto, decidiu prosseguir — possivelmente dando início a um dos cenários mais comuns e letais na aviação: um acidente por estol/rotação, conhecido como perda de controle.
Minutos depois, os dados de ADS-B mostraram que o Aztec começou a reduzir a velocidade, possivelmente devido ao aumento do arrasto e do peso pela acumulação de gelo, além de redução de potência ou falha no motor causada por gelo de indução.
A aeronave iniciou uma descida controlada até cerca de 9.000 pés, executou então uma curva de 270 graus e, logo acima do terreno, entrou em estol e entrou em rotação. Tragicamente, todos a bordo morreram.
Lição: embora talvez nunca saibamos a causa exata desse acidente trágico, o Manual de Conhecimentos Aeronáuticos da FAA (PHAK) nos lembra que devemos evitar áreas de precipitação sempre que a temperatura externa estiver em ou abaixo de 0°C, pois o gelo estrutural e o gelo de indução podem se formar rapidamente.
A ação correta ao encontrar condições potenciais de gelo é realizar uma curva de 180 graus e sair imediatamente da área.
O NTSB está atualmente investigando o acidente, e um relatório final deverá ser publicado em aproximadamente dois anos.
✈️ Voe com segurança, amigos.

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Marcuss Silva Reis