Introdução
A LATAM tenta vender a ideia de modernidade, conforto e evolução. Mas a realidade enfrentada pelos passageiros conta outra história. Em muitos voos, a companhia entrega um produto tão apertado, tão reduzido e tão desconfortável que se tornou símbolo de um “voo de galinha”: promete muito no marketing, mas cai na prática — rápido e sem elegância.
Um dos maiores absurdos dessa estratégia é o banheiro único para uma quantidade enorme de passageiros. Uma decisão legal do ponto de vista regulatório, mas completamente inaceitável do ponto de vista humano.
Quando 180 Passageiros Dependem de Um Único Banheiro
O caso mais crítico ocorre nas aeronaves configuradas com o sistema Space Flex, onde dois lavatórios traseiros são fundidos em um só.
Resultado:
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aeronave cheia
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corredores lotados
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filas que atravessam a cabine
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desconforto generalizado
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sensação real de caos a bordo
Essa prática transforma a viagem em um exercício de paciência — e de sorte.
Impacto no Passageiro
A consequência é imediata:
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fila longa durante todo o voo
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aglomeração perto da galley
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risco aumentado em turbulência
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desgaste para a tripulação
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higiene comprometida
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percepção de serviço “econômico demais”
O passageiro sente que pagou por algo e recebeu muito menos do que o prometido.
Por Que a LATAM Faz Isso? Porque a Legislação Permite
A legislação aeronáutica (ANAC, FAA e EASA) não exige proporcionalidade entre passageiros e banheiros, apenas a existência de:
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no mínimo um lavatório
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requisitos básicos de segurança
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acessibilidade em modelos específicos
Ou seja:
✔ está dentro da lei
✘ não está dentro do bom senso
✘ não está dentro da lógica de conforto
✘ não está dentro do respeito ao consumidor
As companhias aproveitam essa brecha para aumentar assentos, reduzir galley e maximizar rentabilidade, sacrificando qualidade.
O Paradoxo do “Premium”: Nome Sofisticado, Entrega Mínima
A LATAM tenta posicionar seus produtos como premium, mas oferece infraestrutura que nem low-cost aceita sem críticas.
Como chamar de premium um voo onde:
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há fila constante para o único banheiro,
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o espaço é reduzido ao limite,
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e a cabine se torna desconfortável do início ao fim?
É um marketing que sobe — mas uma experiência que cai.
Cai como um voo de galinha.
O Que a Legislação Diz — e o que Ela Não Diz
A ANAC e os órgãos internacionais determinam:
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materiais seguros
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sistemas contra incêndio
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espaço mínimo dentro do lavatório
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evacuação livre em emergência
Mas não determinam:
✘ quantidade mínima de banheiros
✘ proporção por passageiro
✘ conforto de cabine
A legislação protege a segurança da aeronave, não a experiência do passageiro.
E isso abre margem para absurdos operacionais como este.
Conclusão: A LATAM Precisa Parar de Vender o Que Não Entrega
O problema do banheiro único simboliza uma verdade incômoda:
A LATAM está entregando menos e cobrando mais.
O passageiro percebe o aperto, a fila, o desconforto — e percebe também que o marketing não combina com a realidade.
Se a LATAM quer respeito, fidelização e credibilidade, precisa:
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rever o layout das cabines,
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restabelecer um mínimo de infraestrutura compatível com a lotação,
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e abandonar o “voo de galinha” que começa bonito, mas termina mal.
Enquanto isso não acontece, a companhia continuará oferecendo um serviço que decola alto na propaganda — e pousa bruscamente no desconforto ou seja,um voo de galinha.

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Marcuss Silva Reis